A genética é um dos principais fatores para uma vida longeva, mas, infelizmente, ela ainda não é totalmente controlável. Apesar de estudos mostrarem a existência de centenários que criaram interações genótipo-ambiente únicas, favorecendo ao envelhecimento saudável, são seus hábitos e atitudes que fazem toda a diferença para o futuro.
Manter uma dieta saudável e praticar exercícios é o básico para prevenir doenças, isso você já sabe. Agora, pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, reforçam que é possível ter um certo controle sobre o envelhecimento, abandonando maus hábitos e fazendo amigos.
“Optar por não fumar e se comprometer a manter as redes sociais será o melhor investimento que se pode fazer para um envelhecimento bem-sucedido”, comenta Yoram Barak, psicogeriatra e membro do Departamento de Medicina Psicológica da Universidade de Otago.
Mas será que é tão simples assim? Bom, para chegar a essa conclusão, os pesquisadores observaram, por cinco anos, 292 centenários e 103.377 idosos da Nova Zelândia. A análise biopsicossocial contemplou dados sobre depressão, demência, diabetes e hipertensão, tabagismo, atividade física e relações sociais.
O segredo dos centenários
A expectativa de vida da população neozelandesa é uma das mais elevadas do mundo: 81,66 anos, de acordo com dados do Banco Mundial em 2017. Nos últimos 60 anos, o número de centenários aumentou de forma exponencial. Qual será o segredo da vida longeva?
O principal resultado mostra uma redução nas taxas de tabagismo e altas taxas de envolvimento social. Esses dois elementos foram associadas ao alcance de um status centenário livre de doenças crônicas comuns em comparação com adultos mais velhos.
Em relação ao engajamento social, ele é entendido como o hábito rotineiro de sair de casa e longe da família para interagir com outras pessoas, seja para fazer trabalhos voluntários ou participar de atividades em grupo.
O estudo também mostra que as taxas de depressão e diabetes reduziram constantemente com o aumento da idade, enquanto as taxas de demência diminuíram após os 80 anos. Por outro lado, as taxas de hipertensão aumentaram quase 30% dos 60 aos 100 anos.
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Há diferenças notáveis em relação gênero, 75% das centenárias são mulheres e 59,3% idosas. Elas também são menos propensas a desenvolverem distúrbios, como depressão e demência.
“As mulheres têm uma expectativa de vida mais longa e, portanto, são mais propensas a serem representadas em estudos centenários. No entanto, depois de corrigir essa vantagem, os homens que chegam aos 100 anos de idade têm maior probabilidade de estarem livres de doenças comuns”, comenta o professor associado Barak.
5 hábitos para uma vida longeva
Agora que você conhece dois grandes elementos que contribuem para uma vida longeva, conheça outros hábitos que ajudam a prevenir doenças e também hackear o processo de envelhecimento:
- Faça jejum intermitente;
- Fuga dos ultraprocessados;
- Gerencie seu estresse;
- Pratique atividades físicas;
- Cuide da saúde do seu cérebro.
