13 de novembro de 2020
Uma medicina nada convencional

by:Clara Carvalho

A medicina convencional já não é mais uma artista solo quando o assunto é a busca pelo bem-estar, saúde, longevidade, a no espetáculo da vida. Práticas alternativas, integrativas e complementares, tem ganhado importante destaque na nossa cultura ocidental.

A história da medicina perpassa por diversas culturas e se difere entre o Oriente e Ocidente. A visão do corpo da medicina oriental é diferente da medicina ocidental convencional em pelo menos quatro maneiras significativas:

Na medicina ocidental convencional, na maioria das vezes, o sintoma sozinho é diagnosticado e tratado. Geralmente, o tratamento visa a supressão dos sintomas, principalmente por meio de medicamentos e cirurgia, embora o estilo de vida também seja importante.

Enquanto na medicina oriental, o objetivo é sempre tratar a causa raiz dos sintomas manifestados. Todo tratamento visa restaurar o equilíbrio por meio de mudanças no estilo de vida.

Na medicina ocidental convencional, os diagnósticos são quase sempre feitos em conjunto a ferramentas tecnológicas, como exames bioquímicos e de imagem. Já na medicina oriental, valoriza-se sintomas finais como responsáveis por todo processo de doença.

Para o Oriente, o bom funcionamento do corpo depende de um equilíbrio entre a mente e o espírito. Por meio dos sintomas, o corpo mostra seu processo de cura. Já no Ocidente, o bom funcionamento do corpo refere-se à ausência de dores e sintomas (ou defeitos), os sintomas são considerados sinais de doenças.

A medicina ocidental convencional vê o corpo como estático e imutável, já a medicina oriental vê o corpo como dinâmico e capaz de mudanças de várias maneiras. Por exemplo, é comum no ocidente utilizar a ideia estática: "Você tem diabetes e terá que conviver com isso".

No oriente, a abordagem muda: "Vamos melhorar a função do sistema baço/pancreático para que o corpo utilize mais de sua própria insulina para melhorar o diabetes".

 

Os termos “complementar”, “alternativo” e “integrativo” se relacionam a quando são instituídas práticas Orientais em nossa abordagem "convencional Ocidental". Convencional/tradicional: que obedece a padrões ou regras já estabelecidas, relacionado com a tradição.

Esses três termos estão em constante evolução e já adianto que não são sinônimos! Já parou para pensar se existe diferença entre os três?

Em uma pesquisa realizada em 2012 nos EUA, constatou-se que mais de 30% dos adultos e cerca de 12% das crianças usam abordagens de cuidados de saúde que normalmente não fazem parte dos cuidados médicos convencionais ou que podem ter origens fora da prática ocidental usual.

Ao descrever essas abordagens, as pessoas costumam usar "alternativa" e "complementar" de forma intercambiável, mas os dois termos se referem a conceitos diferentes:

Se uma prática não convencional for usada junto com a medicina convencional, ela é considerada "complementar". Se uma prática não convencional for usada no lugar da medicina convencional, ela é considerada "alternativa".

A maioria das pessoas que usa abordagens não convencionais também usam cuidados de saúde convencionais. No Brasil, são reconhecidas 29 práticas integrativas e complementares (TIC) – que também são promovidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – são elas:

  1. apiterapia;
  2. aromaterapia;
  3. arteterapia;
  4. ayurveda;
  5. biodança;
  6. bioenergética;
  7. constelação familiar;
  8. cromoterapia;
  9. dança circular;
  10. geoterapia;
  11. hipnoterapia;
  12. homeopatia;
  13. imposição de mãos;
  14. medicina antroposófica;
  15. medicina tradicional chinesa/acupuntura;
  16. meditação;
  17. musicoterapia;
  18. naturopatia;
  19. osteopatia;
  20. ozonioterapia;
  21. plantas medicinais/fitoterapia;
  22. quiropraxia;
  23. reflexoterapia;
  24. reiki;
  25. shantala;
  26. terapia comunitária integrativa;
  27. terapia de florais;
  28. termalismo social/crenoterapia;
  29. yoga.

E para combinar as tradições e fazer do espetáculo da vida um grande sucesso, podemos falar da medicina integrativa. O termo integrativo surge para definir a combinação de medicina ocidental convencional e medicina alternativa.

Como a medicina ocidental é uma prática baseada em evidências, os médicos começaram a encorajar cada vez mais o uso de terapias alternativas. Eles também testemunharam as respostas espetaculares!

Como resultado, a medicina integrativa passou a existir. Os cuidados de saúde integrativos muitas vezes reúnem abordagens convencionais e complementares de forma coordenada.

Ele enfatiza uma abordagem holística e focada no paciente para cuidados de saúde e bem-estar - muitas vezes incluindo aspectos mentais, emocionais, funcionais, espirituais, sociais e comunitários - e tratar a pessoa inteira em vez de, por exemplo, um sistema orgânico.

Tem como objetivo um atendimento bem coordenado entre diferentes provedores e instituições. Os princípios definidores da medicina integrativa são:

  • O paciente e o médico são parceiros no processo de cura;
  • Todos os fatores que influenciam a saúde, bem-estar e doença são levados em consideração, incluindo corpo, mente, espírito e comunidade;
  • Os provedores usam todas as ciências da cura para facilitar a resposta de cura inata do corpo;
  • Intervenções eficazes que são naturais e menos invasivas são usadas sempre que possível.
  • A boa medicina se baseia na boa ciência. É indagado e aberto a novos paradigmas.
  • Ao lado do conceito de tratamento, os conceitos mais amplos de promoção da saúde e prevenção de doenças são fundamentais.
  • O atendimento é personalizado para melhor atender às condições, necessidades e circunstâncias únicas do indivíduo. Os praticantes da medicina integrativa exemplificam seus princípios e se comprometem com a autoexploração e o autodesenvolvimento

Lembre-se sempre:

A vida tem quatro componentes: corpo, sentidos, mente e alma. Quando essas coisas estão equilibradas, a pessoa está saudável. Saúde nunca será ausência de doenças. Seguiremos buscando pelo nosso lugarzinho na primeira fila quando o assunto é o espetáculo da vida!

Autor:
Clara Carvalho