4 de setembro de 2021
Reeducação alimentar: como começar e o que comer

by:Caffeine Academy

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A reeducação alimentar pode ser um dos hábitos mais benéficos para sua rotina de bem-estar a curto e longo prazo. Mudar sua relação com a comida pode ser essencial para atingir novos objetivos, como emagrecer, melhorar a performance física ou a saúde. No entanto, essa prática não pode ser compreendida apenas no sentido nutricional.

Conhecer o papel dos alimentos para reeducação alimentar é importante, mas não deve ser o único objetivo nessa mudança de hábito, afinal a prática também promove um grande impacto no campo emocional.

Quer saber como fazer uma reeducação alimentar para perder peso e qual a importância de adotar esse hábito saudável para uma vida longeva? Continue lendo e anote as melhores dicas!

O que é reeducação alimentar?

A reeducação alimentar é um processo que tem o objetivo de modificar hábitos e comportamentos em relação à alimentação, promovendo uma dieta balanceada e equilibrada de forma contínua. 

Sua principal finalidade é estabelecer uma rotina alimentar saudável, substituindo ao máximo a ingestão de alimentos pobres em nutrientes por aqueles que oferecem vitaminas, minerais e outros componentes necessários para o organismo funcionar corretamente. 

Basicamente, a reeducação alimentar funciona como um método para compreendermos melhor o efeito da alimentação em nossa vida. Através dela, praticamos o consumo consciente e equilibrado diariamente, eliminando os excessos e gerando maior qualidade de vida.

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Benefícios da reeducação alimentar

A proposta da reeducação alimentar é levar uma vida saudável, mas sem restrições. Essa mudança nos hábitos alimentares pode servir para controlar o apetite, reduzir a ingestão calórica e acompanhar alguma restrição ligada a doenças.

Estudos na área de nutrição também apontam que uma pessoa com níveis nutricionais equilibrados tem menos chances de desenvolver doenças mentais e físicas. Outros benefícios da reeducação alimentar são:

  • Emagrecimento saudável;
  • Aceleração do metabolismo,  
  • Aumento da energia física;
  • Melhor performance mental;
  • Controle do colesterol;
  • Regulação dos níveis glicêmicos;
  • Prevenção de doenças crônicas;
  • Melhoria do sono.

Vale ressaltar que realizar mudanças na alimentação é um dos passos mais relevantes para se alcançar uma melhor qualidade de vida, mas para que os resultados sejam ainda mais significativos, é importante que essa atividade seja acompanhada pela prática regular de exercício físico.

Como começar uma reeducação alimentar sem sofrer?

Eliminar velhos hábitos, por mais simples que pareça, é um exercício difícil. Isso porque, hábitos são comportamentos que já realizamos de modo automático e muito mais fortes na nossa tomada de decisões que aqueles que estamos tentando incorporar. 

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Por isso, a melhor forma de começar uma reeducação alimentar é buscando orientação de um profissional da área. Um bom nutricionista é capaz de entender o funcionamento do seu corpo e saberá quais são os alimentos mais adequados para que você atinja seus objetivos.

No entanto, a reeducação alimentar não se limita somente à seleção de ingredientes melhores. Apesar de existirem diversas formas de colocá-la em prática, organizar melhor a ingestão desses alimentos também é relevante para melhorar a saúde como um todo.

O guia para conseguir fazer uma reeducação alimentar sem sofrer consiste em:

  • Beber muita água;
  • Programar suas refeições com antecedência, evitando sair do plano alimentar;
  • Estabelecer horários para todas as refeições;
  • Evitar distrações enquanto se alimenta (celular, tv, etc.);
  • Fazer as refeições em ambientes tranquilos;
  • Mastigar corretamente todas as porções;
  • Evitar ingerir líquidos enquanto come;
  • Alimentar-se devagar, descansando entre uma porção e outra;
  • Eliminar alimentos processados, com ingredientes desconhecidos.

O que comer na reeducação alimentar?

É fato que os alimentos in natura, como frutas, verduras e legumes, são os primeiros colocados na lista da alimentação saudável. Grãos integrais, carnes magras, peixe, ovos, oleaginosas, fibras, gorduras saudáveis e sementes são apenas algumas boas opções para dar início a novos hábitos alimentares.

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No entanto, a melhor forma de montar um cardápio completo e ideal para você é sob a orientação do nutricionista. Esse cardápio tende a se modificar à medida que você se adapta com a reeducação alimentar, por isso é importante manter um acompanhamento contínuo.

Começar uma reeducação alimentar requer paciência, disciplina e constância. O foco é principalmente nos alimentos: o que você come, em quais quantidades e qual a regularidade da alimentação. Porém, será que fica somente nisso mesmo?

Não! Como citamos, esse é um processo de mudança que afeta o funcionamento do corpo e da mente. O fato de ter que se acostumar com novos alimentos, experimentar diferentes combinações e ter horários programados para as refeições pode despertar sintomas de ansiedade.

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Como lidar com as emoções na reeducação alimentar

O que comer significa para você? Felicidade, prazer, satisfação? Quantas vezes você já parou para analisar os sentimentos que ingere junto com cada alimento que consome? Enxergamos a alimentação como algo natural do nosso dia a dia, mas não focamos no quanto é importante estabelecer um convívio saudável com a comida. 

Muitos maus hábitos alimentares estão diretamente associados às condições mentais e distúrbios emocionais, resultando em comportamentos nocivos de alimentação para compensar outros incômodos.

Estresse, irritabilidade e indisposição são apenas alguns dos sentimentos negligenciados na busca do peso ideal que podem influenciar no aumento do desejo por alimentos ricos em açúcar e carboidratos, devido aos níveis de cortisol elevados.

Evers, Stok e de Ridder (2010, p. 793) sistematizaram teorias para explicar a associação entre emoções e ingestão alimentar em três perspectivas principais: [1]

  • O comportamento alimentar é parte de uma tentativa de escapar da autoconsciência negativa, o que significa que o indivíduo se envolve em episódios de compulsão alimentar para evitar lidar com informações que ameaçam o ego;
  • Comer em excesso aumenta a experiência de emoções positivas, ou seja, o indivíduo obtém prazer com as qualidades dos alimentos ingeridos (por exemplo, sabor, odor) ou com a alegria de comer alimentos “proibidos”;
  • Comer em excesso é visto como uma tentativa de atribuir mal o estresse percebido à alimentação, a fim de desviar a atenção da fonte original do estresse.

Assim, controlar a compulsão alimentar ou a fome emocional é um fator essencial para manter o propósito da reeducação, por isso você também precisa aprender como lidar com as emoções ao longo desse processo.

Isso porque, um organismo desequilibrado pode fazer você engordar, dificultar sua digestão, gerar transtornos, etc. Da mesma forma que sentir tranquilo e de bem consigo mesmo ajuda a alcançar um maior bem-estar, resultando em uma nova postura com relação à alimentação

Nesse sentido, é perceptível que a forma como nos sentimos também influencia na maneira como lidamos com a alimentação. Indivíduos bem resolvidos no aspecto emocional possuem mais facilidade para perder peso. Além disso, lidam melhor com momentos sabotadores.

Mente e corpo estão sempre trabalhando em conjunto, influenciando um ao outro a partir de comportamentos. Desta forma, aprender a reconhecer a origem desses comportamentos é o primeiro passo para transformar velhos hábitos e adquirir novos de forma saudável. 

Por isso, unir o trabalho do trabalho do nutricionista com o de um psicólogo durante a reeducação alimentar, pode ser fundamental para equilibrar suas questões emocionais, colocando o cuidado da saúde física e emocional acima de tudo. Qualidade de vida é viver bem consigo mesmo.

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Autor:
Caffeine Academy