21 de junho de 2021
Como os picos de insulina afetam sua saúde

by:Caffeine Academy

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Quando falamos em insulina, logo vem à cabeça sua relação com a diabetes, mas você sabe como este hormônio se comporta no corpo e por que sua atuação está diretamente ligada a uma doença crônica? 

As questões que rodeiam o tema ainda geram dúvidas, mas de antemão, é preciso saber que todos nós estamos sujeitos aos efeitos dos picos de insulina, independentemente de sermos ou não diabéticos.

Continue lendo e entenda sobre o funcionamento desse hormônio no organismo, quais os riscos das suas altas taxas para a saúde e como você pode preveni-los.

O que é a insulina?

A insulina é um hormônio produzido e secretado pelo pâncreas. Sua principal função é levar a glicose que está circulando pelo sangue para o interior das células. Isso porque nossas células são impermeáveis à glicose, então a insulina atua como uma chave para controlar nossa fonte de energia.

No entanto, o trabalho da insulina está diretamente ligado às nossas escolhas alimentares. Isso quer dizer que quanto maior o consumo de alimentos ricos em carboidratos, maior será a quantidade de glicose liberada na corrente sanguínea e, consequentemente, maior a necessidade de produção de insulina.

Nos diabéticos, que têm uma deficiência na produção deste hormônio, muito açúcar fica presente na corrente sanguínea, o que pode causar uma série de outros problemas de saúde. Para os não diabéticos, o corpo resolve o problema da abundância de açúcar no sangue através de picos de insulina.

Como os picos de insulina acontecem?

Como o próprio nome já diz, os picos de insulina acontecem quando há uma elevação das taxas desse hormônio na corrente sanguínea. Essa situação está diretamente relacionada a nossa alimentação, seja pela quantidade ou qualidade da comida consumida.

O consumo excessivo de comida, acima das nossas necessidades nutricionais, ou uma alimentação rica em carboidratos, promovem a presença de grande quantidade de glicose na corrente sanguínea.

E como o trabalho da insulina é transportar essa glicose para dentro das células, ela logo entra em atuação para reduzir os níveis de açúcar no sangue. Contudo, quando esses níveis de glicose sofrem uma queda, logo o cérebro aciona uma vontade de comer de novo - principalmente os alimentos calóricos, como doces.

A ingestão destes alimentos, por sua vez, faz com que a glicemia e os picos de insulina aumentem novamente. E aqui começa um ciclo vicioso e altamente perigoso para a saúde e bem-estar diário, pois quanto mais hormônio é produzido, mais resistente a ele a pessoa se torna.

Entenda Sobre a insulina e resistência à insulina

Em outras palavras, a resistência à insulina acontece quando os níveis ideais de glicose não entram nas células e se acumulam na corrente sanguínea, condição chamada de hiperinsulinemia.

Logo se tornando um problema para sua saúde, pois os tecidos não estão acostumados com uma quantidade mais elevada de glicose, desencadeando uma série de complicações, entre elas a obesidade, diabetes tipo 2 e até mesmo a síndrome dos ovários policísticos.

Como os picos de insulina afetam o corpo?

Fazendo uma analogia com nossa rotina, podemos dizer que somos programados a manter as coisas organizadas como planejamos. Assim, quando um dia não sai conforme imaginamos, logo nos colocamos em alerta para buscar outra maneira de manter as coisas na linha, com os hormônios não é diferente. 

Nesse caso, quando consumimos mais alimentos do que realmente precisamos, o nosso corpo ordena que a insulina armazene o excesso de glicose que não foi utilizada (em forma de gordura) como fonte de energia a longo prazo.

Essa alteração tem forte relação com a adiposidade corporal. A gordura visceral, a perigosa gordura da barriga que se acumula ao redor de seus órgãos, por exemplo, pode liberar muitos ácidos graxos livres no sangue, bem como hormônios inflamatórios.

A pessoa com picos de insulina constantes no organismo também são mais propensas ao ganho de peso decorrente da indução à falsa fome como fonte de mais energia. Se a escolha for por mais alimentos ricos em carboidratos, acontecerão novos picos de insulina e aquele ciclo vicioso que citamos lá em cima não acaba bem.  

Quando a glicemia está elevada (hiperglicemia), você também pode apresentar os seguintes sintomas: boca seca, sede, vontade frequente de urinar, falta de disposição física e mental, visão turva, entre outros.

Tempos atrás, os picos de insulina eram associados apenas a diabetes. Mas, atualmente, sabe-se que o controle do hormônio é fundamental para a boa saúde de todos. E uma das formas está no gerenciamento da ingestão de carboidratos ao longo do dia.

Como evitar os picos de insulina no sangue

A melhor forma de evitar os picos de insulina no sangue é cuidando da “raiz do problema”. É simples, se a produção da insulina é guiada pela nossa alimentação, devemos manter seus níveis equilibrados através de uma alimentação balanceada.

E você deve estar se perguntando: devo cortar os carboidratos da minha rotina? A resposta é: não precisa cortar totalmente, o ideal é que você substitua os carboidratos de alto índice glicêmico pelos carboidratos complexos (de IG baixo), se mantendo saudável e comendo bem ao mesmo tempo.

Para contextualizar, o índice glicêmico (IG) dos carboidratos indicam com qual velocidade o corpo é capaz de metabolizar a glicose presente na corrente sanguínea. Ele serve como um indicador que nos mostrará a velocidade com que o açúcar ingerido, através dos alimentos, chega à corrente sanguínea.

Os alimentos de baixo índice glicêmico baixo, quando é inferior a 55, tendem a evitar os picos de insulina e proporcionar maior sensação de saciedade, pois são digeridos e absorvidos lentamente, liberando a glicose gradualmente na corrente sanguínea.

Os principais representantes dos carboidratos complexos são os grãos integrais, a aveia, batata-doce e outros tubérculos, feijões, oleaginosas, frutas, pães e outras massas integrais.

Saiba mais em Afinal, comer ou não carboidratos?

Sendo assim, investir em uma rotina alimentar rica em fibras, proteínas de alto valor biológico (peito de frango, ovos, cortes bovinos magros e peixes) e gorduras boas (como a encontrada no óleo de coco, abacate e castanhas), além de regular os níveis de açúcar no sangue, podem auxiliar no metabolismo, na construção muscular, na performance física e cognitiva, atuando também na melhora do trânsito intestinal.

Confira nosso guia definitivo da dieta cetogênica e encontre muitas opções para reduzir o consumo de carboidratos da sua rotina e aumentar sua qualidade de vida por muito mais anos.

 

 

Autor:
Caffeine Academy