Quando falamos sobre meditação, logo vem a ideia de um monje, sentado com as pernas cruzadas, em pleno estado de paz. Essa linguagem figurada não está completamente equivocada.

Não é possível determinar ao certo a origem da meditação, uma vez que diversas culturas e religiões fizeram e ainda fazem uso dessa prática, dando a ela diferentes nomes.

Mas podemos afirmar que a meditação é uma prática muito antiga e está fortemente relacionada as tradições orientais e às filosofias do budismo, envolvendo a ancestral jornada de autoconhecimento.

A expressão ‘meditação’ tem origem no latim meditare, que significa “estar em seu centro” ou “voltar-se para o centro”, ou seja, desconectar-se da esfera externa e concentrar a atenção no seu interior.

Nos últimos anos, o advento da meditação tornou-se centro de atenção. Grandes formadores de opinião viraram adeptos da prática, além do surgimento de diversos aplicativos e negócios relacionados com as práticas de mindfulness.

Seguinte a isto, o número de pessoas praticantes da meditação ao redor do mundo decolou. Seus efeitos a curto e longo prazo são cada vez mais explorados por pesquisadores e entre os benefícios, destacam-se a diminuição do estresse e aumento da produtividade.

Por que praticar a meditação?

É importante ressaltar que a meditação transcende a religião, ela está além de qualquer filosofia ou sistema de crenças. Para nós, ocidentais, a prática está geralmente atrelada ao relaxamento corporal, ao alcance de um estado de paz, calma e tranquilidade.

Se você já meditou e sentiu algo diferente ou se você nunca meditou, mas tem curiosidade sobre, sabe quais os principais efeitos da meditação no nosso corpo? Estudos comprovam que essa prática tem contribuído de forma significativa para a evolução e desenvolvimento físico e mental na vida dos praticantes.

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O que a ciência diz sobre os efeitos da meditação?

Vivemos diariamente em meio a preocupações, cobranças, altas demandas, além da abundância de informações. Isso faz com que o corpo produza cortisol o tempo todo, provocando a diminuição da imunidade e uma sobrecarga de estresse acelerando o processo de envelhecimento do organismo.

No entanto, em meia hora de meditação transcendental, por exemplo, os níveis de cortisol baixam até 40%, causando também o incremento em serotonina, que é o hormônio da felicidade.

Entre os benefícios imediatos da meditação temos:

• redução dos níveis de estresse;
• redução da ansiedade generalizada;
• redução da dor crônica;
• equilíbrio do campo emocional;
• desenvolvimento da criatividade
• aumento da capacidade de concentração;
• aumento da capacidade de memorização;
• aumento da imunidade.

Dentre os diversos benefícios já observados em praticantes da meditação, é importante destacar a grande influência nas mudanças comportamentais. Também é possível observar que pessoas que praticam meditação há mais tempo e com regularidade se mostraram mais alegres, emocionalmente estáveis, confiantes e tranquilas.

Confira outros benefícios da meditação continua:

1. Desenvolvimento do cérebro

Estudos mostraram que a meditação pode ativar certas áreas cerebrais, como aquelas relacionadas ao bem-estar, aprendizagem, memoria e emocional. Isso se deve à plasticidade do cérebro e sua capacidade de desenvolver novas conexões na medida em que é estimulado.

2. Redução dos sintomas relacionados à depressão

A prática de meditação diminui os pensamentos negativos e as disfunções cerebrais, sem uso de medicamentos ou efeitos colaterais. Além de diminuir significativamente o estresse e a ansiedade.

3. Impulsionamento da saúde e bem-estar

A regularidade da meditação também é capaz de reduzir os níveis de inflamação, de riscos de ataques cardíacos e AVC. Eleva a imunidade, melhora a recuperação das células e os níveis de energia.

Sua importância também foi apontada no aumento dos telômeros, cuja função é impedir o desgaste do material genético, ou seja, a meditação pode desacelerar o processo de envelhecimento.

4. Livrar-se dos hábitos ruins

Pesquisas apontam que o hábito de meditar estimula o crescimento do córtex pré-frontal do dorsolateral – região do cérebro responsável pela força de vontade. Desta forma, concluiu-se que a meditação aumenta a capacidade de superar hábitos ruins e criar novos hábitos.

5. Aumento da concentração e da performance

A meditação é um exercício guiado pelo controle, foco da atenção e paciência, resultando em uma melhora das questões relacionadas à mente. A partir do autoconhecimento e da ressignificação dos fatos, os praticantes tendem a concentrar-se nas prioridades e reportar menos emoções negativas.

Dicas básicas para começar a meditar

• Opte por um local calmo;
• Escolha um momento do dia em que se esteja mais descansado;
• Se posicione com a coluna ereta e, preferencialmente, com as pernas cruzadas;
• Use roupas que oferecem conforto;
• Escolha uma canção amena;
• Se preferir, também pode fazer uso de incensos.

Meditar requer muita paciência, disciplina e método, então precisa ser levada a sério. Persista gradualmente até essa prática se torne um hábito. Cuidar de si não é perda de tempo, é uma ferramenta fundamental para vida.