Disposição física, aumento da força muscular, regulação do sono e construção da massa óssea. Essas são algumas das mais de 200 funções anabólicas e de reparo da testosterona, um hormônio esteroide androgênico anabólico essencial para a saúde e o desenvolvimento do homem.

Ficou complicado? Vamos explicar!

Nos homens, a testosterona é produzida, principalmente, nos testículos (células de Leydig) a partir do colesterol (esteroide). Por ter ação regulatória na fisiologia celular, ele é considerado um hormônio, agindo, em especial, na masculinização (efeito androgênico) e na síntese de moléculas complexas a partir de simples (efeito anabólico).

Ao contrário do se pensa, esse não é um hormônio exclusivamente masculino. As mulheres também produzem uma pequena quantidade de testosterona na glândula suprarrenal e nos ovários, o que não deixa de ser também importante para esse público.

Especificamente em três fases distintas da vida, os homens têm um pico na produção do hormônio:

1. No período fetal, para o desenvolvimento das características físicas masculinas;
2. Na infância, com objetivo de moldar alguns comportamentos ;
3. Durante a puberdade, o que causa mudanças físicas bem visíveis.

A partir dos 40 anos, a produção natural de testosterona começa a diminuir em 1% por ano. Em alguns homens, esse ritmo de queda é acelerado, fazendo com que alguns cheguem aos seus 60 anos com deficiência do hormônio, causando problemas como:

• Aumento da gordura corporal;
• Perda da massa óssea;
• Perda da massa muscular;
• Declínio cognitivo;
• Alterações no humor;
• Redução do bem-estar;
• Redução da produtividade;
• Alterações da memória.

Os impactos da redução da testosterona influenciam no metabolismo e, consequentemente, na performance física, mas há formas de contornar isso. Continue a leitura e saiba mais!

Testosterona e performance física

Em função do seu efeito positivo no anabolismo muscular, a testosterona é usada frequentemente por atletas na forma de suplemento para obter um melhor desempenho esportivo e também por pessoas que desejam aumentar a massa muscular.

Esse hormônio está estritamente ligado ao aumento da síntese de proteínas e captação de aminoácidos aos músculos. Além disso, ele otimiza a capacidade de envio do oxigênio dos órgãos para os músculos.

Ainda segundo Renato Lobo, especialista em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), a testosterona é essencial na recuperação pós-treino, pois ajuda a preservar e reconstruir os músculos.

Até a disposição para prática de atividades físicas sofre influência da testosterona. Isso porque, esse hormônio é antagonista do cortisol, o famoso “hormônio do estresse”, que em níveis aumentados alteram o humor e reduz a massa muscular.

Post relacionado: O que são adaptógenos e como eles te ajudam a aliviar o estresse

Explicitada a sua importância, a medição dos níveis hormonais masculinos de testosterona de forma regular é essencial para otimizar seu equilíbrio e monitorar possíveis declínios.

Como estimular a produção desse hormônio?

A suplementação de testosterona ou de seus derivados, seja como droga anabolizante para otimizar a performance física ou tratamento do hipogonadismo, pode provocar uma série de danos à saúde, principalmente, se usado por longos períodos.

Existem alguns hábitos que você pode adotar para impulsionar de forma natural a produção desse hormônio pelo organismo. Conheça abaixo:

Exercícios - o hormônio também é liberado durante atividades físicas de alta intensidade. Assim, realizar exercícios que trabalham simultaneamente os grupos musculares, como agachamento e barra fixa, estimulam sua produção.

Gorduras boas - alimentos como peixe, castanhas e óleos vegetais são excelente fontes de gorduras boas, o que ajuda a prevenir a deficiência do hormônio, uma vez que ele é um derivado do colesterol.

Vitamina C - lembra que falamos que a testosterona é antagonista do cortisol? Os alimentos ricos em vitaminas C, como limão, morango e mirtilo, ajudam a manter os níveis de testosterona equilibrados e de cortisol controlados.

Zinco - alimentos que contêm zinco, como ostra, camarão, fígado e feijão impedem a carência desse mineral, que é muito importante na produção da testosterona.