25 de novembro de 2020
Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?

by:Caffeine Academy

O que você vai ler aqui:

Hoje? Ontem? Semana passada? Mas se a resposta para a pergunta do título do texto for: “Eu não recordo”, melhor você lembrar que tem uma vida e ela está passando!

Estar vivo é diferente de viver. Quando você define um propósito de vida, consequentemente, ele ajuda a dar sentido, felicidade e prazer a sua existência.

Na Caffeine, por exemplo, o nosso propósito é de despertar o melhor que existe em você. Então, buscamos evoluir 1% a cada dia, sempre motivados pela alta performance e os desafios, pois acreditamos na evolução constante.

Se você ainda não tem um propósito de vida, aconselhamos a leitura do nosso texto: A vida é uma jornada. Nele, você terá insights valiosos sobre como encontrar significado para sua vida. Não deixe de ler!

 

Agora responda: o foi que você fez de novo? Aqui não esperamos respostas extraordinárias; tudo é válido, desde saltar de paraquedas até uma receita. Não importa a grandiosidade da ação, mas sim a sua vontade de ir lá e fazer.

Fazer algo pela primeira vez é, ao mesmo tempo, uma oportunidade de se conhecer melhor, ler, ouvir e descobrir coisas que até então não faziam parte da sua rotina. Quando você faz isso, seu cérebro reage de forma diferente e os benefícios conquistados são vários:

  • Desenvolvimento de novas habilidades;
  • Melhora do humor;
  • Geração de conexões sociais;
  • Redução do estresse e da ansiedade;
  • Maior autoconfiança e autoestima.

A reação do cérebro ao se fazer algo pela primeira vez

Em 1960 ainda acreditava-se que cérebro era um órgão estático, pré-moldado e estritamente orientado à genética. Uma década depois essa concepção foi derrubada por Michael Merzenich, uma cientista da Universidade de Califórnia, EUA.

Através de estudos na área da neurociência, Michael e outros pesquisadores descobriram que somos capaz de criar novos circuitos e conexões neuronais como resposta a estímulos e experiência. Esta teoria é chamada de neuroplasticidade.

Em entrevista à Agência FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Michael explica como chegou ao conceito de neuroplasticidade:

“O cérebro foi construído para mudar de acordo com as experiências vivenciadas e a forma como é usado. Quando trabalhamos para aprimorar uma habilidade, ocorre uma mudança na “fiação cerebral” (nas sinapses ou conexões neuronais), ou seja, são selecionadas as conexões que dão suporte ao comportamento ou à habilidade que estamos desenvolvendo”.

Ele traz como exemplo a prática de exercícios, que gera vários benefícios e altera a regulação de processos bioquímicos. No cérebro há o aumento do suprimento de sangue e de energia, otimizando também a força das suas operações.

O mesmo vale para outras atividades, como esportes, leitura, pintura, etc. O fazer algo pela primeira vez, criando consistência, melhora a habilidade em si e o funcionamento do cérebro, tornando-o cada vez mais complexo e adaptável.

ler um livro pela primeira vez estimula seu cérebro

Por outro lado, algumas atividades podem tendenciar mudanças negativas no cérebro. Michael traz outro exemplo bem atual, que é a exposição excessiva às telas:

“Passo várias horas por dia olhando para uma tela na qual coisas importantes para mim acontecem. Tudo que está fora daquela tela é desimportante, inútil, uma distração. Estou sistematicamente treinando minha visão, estreitando meu ponto de vista, de modo que somente aquilo que está à frente de meu nariz é importante”.

Neurotransmissores

Entre os vários benefícios de se fazer algo pela primeira vez, destacados a melhora do humor e a redução do estresse e da ansiedade. Essas duas mudanças são motivadas, principalmente, pelos “hormônios do prazer”: dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina.

Cada um deles tem uma função bem importante, sendo todos essenciais para o bom desempenho das atividades físicas e psicológicas. Além disso, esses hormônios estão relacionados às sensações alegria, prazer, euforia e bem-estar.

Existem alguns gatilhos que ativam a produção desses hormônios em maior e menor escala. A prática de exercícios, por exemplo, é a melhor forma de induzir a produção desse quarteto; bons hábitos alimentares e conexões sociais também ativam os hormônios.

Desafie-se: esse é um bom começo

Retomando a teoria da neuroplasticidade, o nosso cérebro muda de acordo com as experiências as quais é submetido. Então, independente da idade, você sempre pode aprender novas coisas e desenvolver habilidades. Nunca é tarde!

Se você está em busca de novos aprendizados e mudanças, mas não sabe por onde começar, se liga nas dicas abaixo:

  1. Escreva um diário (vamos começar simples);
  2. Faça uma receita low carb;
  3. Doe roupas antigas;
  4. Vá ao cinema sozinho;
  5. Aprenda jogar xadrez;
  6. Faça uma trilha;
  7. Intercale entre corridas e caminhadas;
  8. Faça um novo percurso de bicicleta;
  9. Faça trabalho voluntário;
  10. Coma a comida tradicional de outro país;
  11. Aprenda a fazer yoga;
  12. Visite um museu na sua cidade;
  13. Sorria para um estranho;
  14. Faça um objeto artesanal;
  15. Leia um dos livros:
    1. Aprenda a viver o agora - Monja Coen;
    2. Ferramentas de titãs - Tim Ferris;
    3. O poder do agora - Eckhart Tolle.
  16. Assista um dos filmes/documentários:
    1. Minimalismo;
    2. O dilema das redes;
    3. From Business to Being.

Ufa! A lista de coisas novas para se fazer é infinita... se você se interessar por alguma dessas atividades não pense duas vezes, vá e faça! E se quiser mantê-la na sua rotina, temos dicas incríveis de como fazer isso no texto: Hábitos angulares: o que são e como iniciá-los.

Autor:
Caffeine Academy