13 de setembro de 2021
Estudo revela quando ocorre as principais mudanças no metabolismo

by:Caffeine Academy

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Quem nunca ouviu alguém dizer que seu metabolismo já não é mais o mesmo? A idade vai aumentando e o envelhecimento altera o funcionamento do corpo, incluindo mudanças no metabolismo. Um estudo publicado na revista Science, diz que as mudanças no seu gasto de energia pode não acontecer tão cedo quanto você pensa [1].

Para obter dados mais precisos sobre a média de pico e declínio do metabolismo, os pesquisadores reuniram vários estudos em um único banco de dados, chamado IAEA Doubly Labeled Water (DLW) Database. Juntos, os eles analisaram o gasto energético diário de mais de 6.600 pessoas entre 8 dias e 95 anos. 

Para descobrir quantas calorias cada participante queimou em um dia (realizando atividades vitais como respirar, digerir, bombear sangue e movimentos diários como subir escadas, lavar a louça, inquietar-se, etc.), os pesquisadores usaram um método de teste de urina chamado "água duplamente marcada", que mede a rapidez com que certas moléculas são eliminadas do corpo. 

Com base nos dados que os pesquisadores reuniram, acompanhe as principais descobertas sobre as mudanças no metabolismo ao longo da vida.

Quando o metabolismo atinge o pico

Para surpresa dos autores, o rápido crescimento na puberdade não desempenharam um papel no metabolismo acelerado. De acordo com os testes, o pico real do metabolismo acontece muito mais cedo na vida - como nos primeiros 12 meses. 

Com 1 ano de idade, os bebês queimam calorias 50% mais rápido para seu tamanho do que um adulto. Após aquele primeiro ano de vida, a pesquisa mostra que o metabolismo desacelera em cerca de 3% a cada ano até atingir um novo nível normal na casa dos 20 anos.

Isso pode explicar por que as crianças ficam menos famintas (ou seja, experimentam uma "queda do apetite") por volta dos 2 anos de idade. Nessa fase, elas não precisam de tantas calorias, logo não comem tanto quanto antes.

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Quando o metabolismo começa a desacelerar

Outra surpresa para os autores foi os resultados das mudanças no metabolismo nas pessoas de meia-idade. Os dados obtidos no estudo detectaram que a menopausa não contribuiu para a desaceleração do metabolismo. 

Entre os 20, 30, 40 e 50 anos dos participantes, seus gastos energéticos permaneceram estáveis. Apresentando uma diminuição só depois dos 60 anos, e mesmo assim foi algo gradual, cerca de 0,7% ao ano.

Mulheres entre 23 e 50 anos, por exemplo, precisam de 1.600 a 2.400 calorias diárias (média de 2.000 calorias). Já entre 51 e 76 anos suas necessidades caem para 1.400 a 2.000 calorias (média de 1.600 calorias). Desta forma, é preciso ter muito mais cuidado com os hábitos físicos e alimentares para não desencadear um aumento de peso nessa fase. [2]

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A perda de massa muscular e o abrandamento das células são duas explicações possíveis para esta mudança mais tardia na vida, explicou Herman Pontzer, co-autor do estudo. 

"Tudo isso aponta para a conclusão de que o metabolismo do tecido - o trabalho que as células estão fazendo - está mudando ao longo da vida de maneiras que não avaliamos totalmente antes", disse ele. Em outras palavras, um metabolismo saudável pode ter mais a ver com a saúde celular do que apenas com a idade cronológica.

Essas mudanças no metabolismo reafirmam a importância de se estudar ainda mais sobre o desenvolvimento humano e o envelhecimento, e devem ajudar a moldar boas estratégias de nutrição e saúde ao longo da vida. E vale lembrar que, embora o corpo comece a mudar aos 60 anos, nunca é tarde para começar a implementar rituais de longevidade para ajudar a melhorar sua saúde e potencialmente estender sua vida.

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Autor:
Caffeine Academy