Ah, o café… Fornece mais energia, aumenta o estado de alerta e melhora a concentração. Não é à toa que esta é a segunda bebida mais consumida entre os brasileiros e seu principal ingrediente ativo, a cafeína, é a droga psicoativa mais usada no mundo.

Diversos estudos mostram os benefícios proporcionados pelas substância presentes café. Sabe-se, por exemplo, que a cafeína está associada à redução das dores musculares pós-treino e ao aumento metabolismo, auxiliando na queima de gordura e na performance.

Reconhecendo o auxílio ergogênico do café, um grupo de pesquisadores do Reino Unido desenvolveu um estudo para investigar seu efeito no desempenho em contrarrelógio de ciclismo e estabelecer se existem diferenças entre os sexos.

Ciclismo e performance

Por ser um esporte que praticamente trabalha todos os grupos musculares e, consequentemente, exigir muito do corpo, atletas amadores e profissionais de ciclismo reconhecem muito bem a importância de uma boa preparação física.

Logo se vem à cabeça: músculos grandes e músculos fortes. Entretanto, não são apenas eles que garantem um bom desempenho, mas sim a força. Desse modo, recomenda-se realizar treinos que priorizem força e potência com cargas, com poucas repetições e longo intervalo.

Além disso, manter uma alimentação equilibrada - rica proteínas, verduras, legumes e carboidratos complexos - e investir em bons equipamentos também é recomendado para aproveitar ao máximo os benefícios do esporte.

Outra forma de otimizar os treinos é através dos ergogênicos. Que nada mais são que substâncias ou recursos que ajudam a melhorar o desempenho esportivo e a recuperação após o exercício.

Atualmente, os ergogênicos são classificados em cinco tipos:

• Farmacológicos;
• Fisiológicos;
• Mecânicos;
• Nutricionais;
• Psicológicos.

Avaliação da cafeína como ergogênico

Em 2005, o Grupo de Pesquisa de Esporte e Exercício da Universidade de Edge Hill, no Reino Unido, reconhecia a cafeína como um ergogênico para aumentar a resistência em exercícios.

Paralelamente, outras dezenas de pesquisas foram realizar para avaliar o efeito causado pela substância na função cardiorrespiratória, na respostas cardiovascular e a diferença entre gêneros durante a prática de exercícios.

Um dos estudos mais recentes, realizado por pesquisadores da Universidade de Coventry, também no Reino Unido, investigou como a cafeína melhora a velocidade no ciclismo. Para isso, 19 homens e 19 mulheres foram submetidos a um teste de contrarrelógio de 5 km.

Mas antes disso, os participantes foram instruídos a abster-se de cafeína, álcool e atividades extenuantes por 12 horas. No dia do teste, eles foram escolhidos para consumir 3 mg.kg -1 de cafeína, placebo em 300 mL de água ou nada como controle.

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Após o consumo das bebidas, ou não, eles fizeram um descanso de poucos minutos e então iniciaram o contrarrelógio de ciclismo de 5km, cujo objetivo era completar a distância o mais rápido possível.

Após a conclusão do teste e exames, verificou-se que a ingestão de café aumentou os níveis de cafeína salivar e, no geral, resultou em melhor desempenho no contrarrelógio; os homens em aproximadamente 9s e as mulheres 6s. Contudo, não foram observadas diferenças na performance entre os grupos de placebo e de controle.

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